quarta-feira, 4 de agosto de 2010

V I V E R NÃO D Ó I!!!






Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advêm das coisas
vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido
uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que os fez
companhia
por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a
sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os
que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows
e livros
e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.

Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque
Nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que
deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para
namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
Momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado
de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas
com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está
No amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta
que nada
arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade.

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